Mbemba foi o herói improvável em noite de pesadelo para Odysseas.
FC Porto conquistou, este sábado, a Taça de Portugal depois de derrotar o Benfica (2-1) na final disputada no Estádio Municipal de Coimbra. Os dragões até jogaram grande parte da partida com menos um jogador, mas foram os mais eficazes na hora de atirar à baliza. Mbemba foi rei em Coimbra e Odysseas o grande vilão. O FC Porto consegue, assim, a desejada dobradinha.
A primeira parte foi palco de um jogo muito disputado, mas longe de ser bem jogado. O relvado do Estádio Municipal de Coimbra também não ajudava, mas as equipas tinham dificuldade em fazer circular a bola e em criarem situações evidentes de perigo.
Odysseas até teve uma boa intervenção logo nos minutos iniciais, face a um remate de Jesús Corona. A partir daí pouco aconteceu junto da baliza – de relevo, leia-se-, e os últimos minutos da primeira parte foram de muita tensão.
Luis Díaz foi expulso aos 37 minutos, por acumulação de amarelos, e Sérgio Conceição também recebeu ordem de expulsão por protestos.
O FC Porto chegou, assim, ao intervalo reduzido a 10 unidades e sem Conceição no banco.
A segunda parte contou, por fim, com golos e Mbemba foi o goleador improvável. O defesa do FC Porto abriu o marcador aos 47 após um erro clamoroso de Odysseas e desfez o nulo em Coimbra. Poucos minutos depois, mais precisamente aos 59, o congolês voltou a marcar com nova cabeçada. Alex Telles marcou um livre indirecto, Mbemba apareceu sem marcação e fez o segundo golo da noite.
Escusado será dizer que o FC Porto ficou muito confortável no jogo e que o Benfica rapidamente tentou ir atrás do prejuízo. Porém, a equipa encarada revelou-se pouco inspirada e um dado que explica o deserto de ideias ofensivas durante grande parte da partida está nos remates enquadrados. Apenas aos 63 minutos as águias fizeram o primeiro remate entre os postes à guarda de Diogo Costa. Vinícius entrou e fez em poucos minutos aquilo que Seferovic não fez em mais de uma hora.
Os dragões baixaram linhas e Diogo Leite foi a jogo para formar uma linha de três defesas centrais. Por seu turno, Nélson Veríssimo apostava tudo nas entradas de Taarabt Jota, Vinícius, Rafa e Dyego Sousa.
O relógio ia passando, o Benfica não tinha arte nem engenho para quebrar a resistência defensiva do FC Porto, mas o recém-entrado Diogo Leite cometeu uma grande penalidade, ao tocar com a mão na bola, e Vinícus (84′) não desperdiçou a oportunidade de marcar
O golo do avançado brasileiro reduziu a diferença do marcador e deu uma nova vida a um jogo que parecia já destinado e resolvido. O Benfica insistiu no empate, Jota ainda tirou tinta ao ferro, mas a vitória não fugiu ao FC Porto.
Os dragões juntam a Taça de Portugal ao Campeonato e conseguem a famosa dobradinha. O Benfica termina a temporada da forma mais negativa: vergado no campeonato e na Taça.